Assim como a ciência e a tecnologia, que modificaram o mundo exterior, foram sobretudo um fenômeno ocidental, a principal fonte de conhecimento para transformar a nossa vida interior se originou no Oriente. Assim como a lâmpada, a meditação hoje é um fenômeno universal: a lâmpada ajuda a iluminar o mundo exterior enquanto a meditação ilumina o mundo interior.
À medida que a meditação se tornava universal, porém, surgiram muitos conceitos incorretos a seu respeito: dizem que é uma “religiâo” ou ainda que se resume a ficar sentado em posturas difíceis, com o tornozelo sobre o pescoço e uma expressão de beatitude para disfarçar o mal-estar, murmurando ou entoando um mantra esotérico.
Nos retiros e workshops a meditação é abordada de maneira simples, como um componente natural – e cada vez mais essencial – do estilo de vida contemporâneo.
Em sua essência, a meditação é a arte de manter-se alerta a tudo o que acontece dentro e fora de você.
Embora a meditação em si não seja uma técnica, muitos métodos apresentados em uma vivência de meditação, por exemplo, ajudam a desenvolver a percepção. Depois de adquirir essa capacidade, a meditação pode se tornar a sua companheira onde quer que você esteja – no trabalho, em situações comuns da vida diária, em qualquer lugar.
Nós aprendemos que, para ter êxito na vida, precisamos nos esforçar, lutar, nos concentrar, fixar a atenção em alguma coisa. O problema desse ponto de vista é que quanto mais lutamos, mais tensos ficamos. E quanto mais tensos ficamos, pior é o nosso desempenho. Por outro lado, a meditação baseia-se no princípio de que, para rendermos o máximo em todos os momentos – e tirarmos o melhor proveito de cada momento -, precisamos relaxar, nos entregar e elevar nossa percepção ao maior nível possível. Normalmente pensamos que para relaxar precisamos nos voltar para fora. A meditação nos possibilita o relaxamento por meio da interiorização.
As pressões da vida moderna são muito grandes: o mundo nunca foi tão instável para se viver e as pessoas nunca estiveram tão tensas. As técnicas desenvolvidas por Osho são perfeitamente adequadas às pessoas e à mentalidade contemporânea. Se você é uma pessoa muito dinâmica – para quem, por exemplo, apenas “ficar sentado” parece impossível -, experimente as meditações Ativas, a Meditação Dinâmica ou a Meditação Kundalini. Quem sabe não seja por causa de suas emoções guardadas que lhe pareça tão difícil ficar sentado em silêncio? Talvez você se sinta cansado demais para se manter acordado quando está sentado. Talvez queira apenas se mexer um pouco. As Meditações Ativas são perfeitas também nesses casos.
A capacidade de permanecer relaxado em meio à agitação diária é o que chamamos de “atenção sem esforço”, que é a sensação fundamental da meditação. Portanto, mesmo que você esteja convencido de que não tem tempo algum para se dedicar à meditação, depois de participar intensamente de um retiro de meditação, leva-se para o dia-a-dia, esta qualidade de perceber a si mesmo em um estado de alerta.
“Os antigos procedimentos da ioga não se aplicam mais ao nosso mundo. Hoje as pessoas não tem mais dias ou se quer horas para gastar. Precisamos de métodos que dêem resultados rápidos. Pratique as técnicas de Meditações Ativas e sinta o resultado imediatamente. Estamos na era do jato, na qual a meditação não pode se dar ao luxo de ser lenta: também ela precisa ser veloz.” Osho.
http://shakyamuni.net.br/2012/01/13/meditar-e-a-arte-de-manter-se-alerta/
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