quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Estudo sobre um simples e belíssimo fenômeno meteorológico ajuda a prever o papel das nuvens na mudança climática

Num voo diurno escolha uma janela que permita localizar a sombra do avião nas nuvens; isso supõe deduzir a direção de deslocamento da aeronave em relação à posição do Sol. Se você tiver sorte, poderá ser recompensado com uma das mais belas visões meteorológicas: um halo multicolorido circundando a sombra. Seus anéis iridescentes não são os de um arco- íris mas um efeito diferente e mais sutil chamado glória. Esse efeito é mais marcante quando as nuvens estão mais próximas: neste caso o fenômeno domina todo o horizonte.
Se você for um montanhista poderá observar a glória logo após o nascer do sol, em torno da sombra que sua cabeça projeta sobre as nuvens próximas. Veja a descrição da primeira publicação, de 1748, relativa a uma observação feita uma década antes por membros de uma expedição científica francesa ao topo do Pambamarca, no que é hoje o Equador:
“Uma nuvem que nos cobria dissolveu-se e deixou passar os raios do sol levante… Então cada um de nós viu sua própria sombra projetada sobre a nuvem… O que nos pareceu mais notável foi a aparência de um halo ou glória em volta da cabeça, formado por três ou quatro pequenos círculos concêntricos, muito brilhantemente coloridos… A coisa mais surpreendente foi que, das seis ou sete pessoas presentes, cada uma delas viu o fenômeno somente em volta da sombra de sua própria cabeça, e nada via ao redor das outras cabeças”.

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